quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Encontro



O primeiro encontro sempre é surpreendente, todos chegam desconfiados e tímidos, interessados somente em saber como será o curso, o que ele terá de novo, uns até já se conhecem de longa data, outros irão aos poucos se conhecendo e se tornarão grandes colegas de profissão.

Aos poucos todos se acomodaram e os tutores poderam se apresentar. Para descontrair o pessoal, foi passado um vídeo muito engraçado, "o sapo professor"

A mocinha passeava à beira de um lago, quando, de repente, apareceu um sapo dizendo: - Olhe, eu sou um professor, solteiro, recém-formado , mas fui transformado em sapo por uma bruxa malvada. Se você me beijar, eu volto ao normal e me caso com você. Seremos felizes para sempre! A mocinha, toda contente, pegou o sapo e o colocou na bolsa. E foi andando para casa. O sapo começou a ficar impaciente e perguntou:- Ei, moça! Quando é que você vai me beijar? Ela respondeu:- Nunca! Um sapo falante dá muito mais dinheiro que um marido professor.

Infelizmente só tenho a história, o vídeo eu não consegui. Depois de muitas risadas,foi nos apresentado um vídeo reflexivo. " O poder da visão"

O poder da visão nos mostra que a cada segundo o mundo está em constante mudança, nós como educadores temos que ter paciência e compreensão com as falhas humanas, enquanto profissionais que somos, precisamos buscar ferramentas para motivar os nossos alunos, resgatando-os para o interesse e a importância de estudar, e por que não, mostrar a eles o prazer de cultivar mais e mais conhecimentos. Para isso, precisamos está sempre nos aperfeiçoando, por isso estou aqui. Para levar ao meu aluno algo novo e prazeroso. Pois, sou uma peça importantíssima nesta cadeia, sou ou melhor, somos capazes de mudar vidas.

Tivemos uma dinâmica muito legal, onde colocamos nossas expectativas em relação ao curso. "Árvore e expectativas do curso".

Depois foi discutido sobre o processo do curso, o qual os tutores apresentaram toda a proposta. Frisaram sobre a avaliação, sendo esta um portifólio eletrônico, onde serão registrados todos os nossos encontros e atividades decorrentes em sala.

Passamos a nossa primeira atividade. Módulo II - Fascículo 1

O que é interagir? É engraçado, mas a todo momento estamos interagindo com pessoas de várias culturas, de religiões e personalidades, pensamentos diferentes e nem nos tamos conta. O mesmo acontece com os nossos alunos e eles nem percebem, ora estão diante de uma televisão, ora em frente a um computador, a um vídeo game, ou até mesmo conversando, lendo um livro ou até mesmo brincando com os coleguinhas da rua. Esta vivência é fabulosa, logo permite termos uma interpretação de mundo, o conhecimento adquirido será levado a sala de aula. Este material será de grande importância ao professor, pois a partir da experiência do aluno que o professor poderá desenvolver as atividades em sala de aula, a oralidade também será um cancho para o docente, permitindo um enriquecimento de idéias, portanto o interagir é uma ação que não poderá está mais desvinculada do processo de ensino aprendizagem. Concluindo, temos que levar em conta toda a bagagem adquirida da nossa criança.


segunda-feira, 23 de junho de 2008

O começo

Aos vinte e cinco dias do mês de março foi realizada a aula inaugural do curso de linguagem e alfabetização, com a equipe do CFORM, onde foi apresentada a todos os cursitas os enfoques do curso.
Iniciou-se com um vídeo da FAJESU, pois a instituição não poderia deixar passar uma grande chance como essa, a de levar ao conhecimento daqueles que estavam presentes a propaganda da Faculdade. Logo em seguida, tivemos um momento cultural com o professor Alessandro, onde ele cantou a música de Oswaldo Montenegro "Rituais de Alegria" e recitou algumas de suas poesias.
"hoje que quero a rua cheia de sorrisos francos de rostos serenos, de palavras soltas
eu quero a rua toda parecendo louca com gente gritando e se abraçando ao sol
hoje que quero ver a bola da criança livre quero ver os sonhos todos nas janelas
quero ver vocês andando por aí hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
eu até desculpo o que você falou eu quero ver meu coração no seu sorriso
e no olho da tarde a primeira luz hoje
eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
eu quero um carnaval no engarrafamento
e que dez mil estrelas vão riscando o céu buscando a sua casa no amanhecer
hoje eu vou fazer barulho pela madrugada rasgar a noite escura como um lampião
eu vou fazer serestas na tua calçada eu vou fazer misérias no teu coração
hoje eu quero que os poetas dancem pela rua para escrever a músicas sem pretensão
eu quero que as buzinas toquem flauta-doce e que triunfe a força da imaginação"
Tivemos uma breve apresentação da equipe do CFORM, os quais fizeram parte da mesa:
- Professora Joana D'arca - Grupo de monitoramento pedagógico;
- Professores da EAPE - Márcia/Patrícia;
- Professora Madalena Torres;
- Professor Alessandro;
- Professora Vânia.
Depois das apresentações e de um breve comentário sobre o CFORM(Centro de formação continuada de professores), foram apresentados a nós, todos os tutores.
A professora Madalena foi convidada a falar sobre o Letramento, a qual proferiu algumas palavras a respeito e sugeriu alguns filmes sobre o tema: "Vem dançar", "O triunfo ", "Pro dia nascer feliz", "História de um Brasil alfabetizado".
Bom, tivemos mais enfoques fora esses, mas eu já não aguentava mais.
Assinei a lista de presença, tirei as dúvidas que insistiam em minha cabeça e foi para minha casa.
REFLEXÃO DO DIA
"Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar" Paulo Freire (1987)
Bem-vindos e que ao final do ano você possa dizer Valeu a pena.
Esta reflexão eu ganhei no dia da aula inaugural.

domingo, 15 de junho de 2008

VARIEDADES LINGÜÍSTICAS

Viajando por este imenso país ou assistindo a reportagens, deparamos com riquíssimas línguas, línguas essas que podemos dizer heterogêneas, isso se deve ao fato de uma mesma nação vivenciar várias formas de comunicações, a que chamamos variedades lingüísticas. Todas essas variedades seguem princípios gramáticas considerados corretos, pois temos que levar em conta a região, o grupo sociocultural a que cada falante pertence, status socioeconômico, idade, mercado de trabalho e redes sociais. Então, baseado nestas afirmações podemos dizer que as palavras da avó de Pedro, “juêi”, “muié”, “hospitá”, “trabaio” etc., é uma forma correta representativa do seu grupo familiar/social. Há também jeitos de pronunciar as palavras, há melodias de região para região, “s” (carioca), “o falar cantado do povo bahiano”, etc. Nessa visão, preocupamos em garantir a preservação transmitida por gerações de antepassados, e a cultura de cada região, elementos fundamentais de afirmação de identidades. Ao depararmos com situações como a da avó de Pedro, temos que se policiar para não cair no mesmo erro da professora, corrigir, não é o correto, e sim, levar ao conhecimento de todos os alunos o significado de variações lingüísticas. Trabalhando com eles a importância da cultura e do dialeto de cada região, e que cada indivíduo tem a sua marca presente em seu falar.

Com tudo isso, não podemos de deixar de lado a importância da gramática contextualizada, pois é ela que garantirá ao individuo um lugar de sucesso. Mas como fazer isso? Colocar os alunos em contato com o mundo das letras desde pequenos, será um grande passo, pois aos poucos eles transformarão sua visão de mundo e passarão a ter um novo falar, uma vez que terão que reproduzir aquilo que leram. Outros fatores inerentes que os professores devem adotar são:
- Construir um diálogo com o seu aluno;
- Respeitar e valorizar a expressão individual;
- Desenvolver no seu aluno um pensamento crítico tanto nas atividades de leitura quanto na escrita;
- Estimular a criatividade lingüística na produção de textos orais e escritos;
- Promover o convívio com variantes lingüísticas;
- Ajudá-lo a se tornar um cidadão capaz de usar a língua como instrumento de comunicação e de afirmação da sua identidade.


Que sejam bem-vindas na sala de aula as diversas manifestações do falar, cabendo ao professor a tarefa de organizar um ambiente de troca de experiências, de respeito mútuo, de convivência saudável. Ao ouvir, ao ler, ao descobrir o outro, o aluno vai se aventurando, sem ter medo e arriscando-se a falar, a escrever, a revelar a si próprio.
Salvem, Salvem !!!
Variações Lingüísticas.

Ana Paula

©2007 '' Por Elke di Barros